Embora não tenha tido a felicidade de trabalhar com Walter Schubert em suas campanhas, a influência de sua liderança e a dinâmica de sua técnica produziram impacto em minha vida. Em 1939, sendo ele presidente da Associação de Buenos Aires, visitou o lar de meus pais, em Lomas de Zamora, Buenos Aires, Argentina. Nessa época, contava Schubert 43 anos de idade, era alto e magro, e de porte e maneiras distintas. Usava chapéu de diplomata e uma bengala na mão direita. Com sotaque pronunciadamente alemão, e sem poder esconder sua gaguez dirigiu-se a meu pai, em seu comércio de tecidos e roupas feitas. Impressionado com a figura distinta do visitante, meu pai o ouviu com interesse.
Era eu um jovem de 17 anos de idade, e minha união à igreja adventista provocou no lar uma aguda crise de identidade. Depois de dez anos, a crise amainou quando minha irmã, agora Dorado, uniu-se à igreja. A visita de Schubert ao nosso lar não mudou meu pai; robusteceu, porém, em mim a decisão de continuar com o Senhor, apesar das dificuldades.
Se quisermos ser justos com a verdade histórica temos que admitir em Walter Schubert um dos evangelistas mais ousados e comprometidos. Seu nome deveria passar à posteridade junto com o de J. L. Shuler, Carlyle B. Haynes, W. W. Simpson, G. Vandeman, E. E. Cleveland, R. A. Anderson, D. Hammerly, Alcides Campolongo, Geraldo de Oliveira, Enoch de Oliveira, G. Storch, Dupuy e outros pioneiros, visto que Schubert tem com eles a brilhante idéia do inovador e a fascinação de uma personalidade vigorosa e distinta. Estou convencido de que sua personalidade extraordinária, mais do que sua metodologia, exerceu profunda influência no programa evangelístico de toda uma geração de obreiros de sucesso.15
Ao procurar analisar aspectos parciais do ministério de Schubert, em especial os mais próximos de sua vocação de evangelista, colocamo-nos na senda de um homem inflamado com o fervor evangelístico, que além de evangelista singular, foi, por causa de sua personalidade e das circunstâncias em que teve de agir, um ponto de transição entre duas épocas.6 Como o vemos, Schubert, pela providência de Deus, tornou-se protagonista — talvez não o único, mas a chama que acendeu o fogo — de um novo e vibrante evangelismo, e ponto de partida para a grande explosão adventista na América do Sul.7
Um pai que sabia inspirar
Walter Schubert nasceu em Bremen, Alemanha, em 1896. Era o mais velho de quatro ir-mãos. Seu pai, George W. Schubert,8 pastor metodista, defrontou-se com a verdade do sábado ao ler a Bíblia. Preocupado com a descoberta, perguntava-se a si mesmo: “Por que observamos o domingo, quando as Sagradas Escrituras mostram claramente o sábado?” Semanas depois, deparou-se, numa pousada da comarca, com o livro BIBLE READINGS FOR THE HOME CIRCLE. A leitura deste fortaleceu-lhe a convicção de que o sábado bíblico é o dia do Senhor. Ali mesmo, tomou a decisão de ser fiel a Deus, renunciando seu pastorado metodista e unindo-se à igreja adventista e a seu ministério. Após servir nas fileiras dos colportores e no pastorado, em 1903 tornou-se o presidente da Associação Adventista de Rhemish e Prússia. Num período de grande tensão espiritual, que se tornou dramático com a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado presidente da União Adventista do Centro da Europa. Em 1926, foi nomeado secretário-consultor da Associação Geral com sede em Washington D.C., mas em 1934 passou a ser presidente da Divisão da Europa Central.9
Foi no lar de um pai cheio de fervor missionário e de u’a mãe piedosa e terna, que Schubert recebeu o chamado divino para a missão.10 Nasceu-lhe então o desejo de ir para a África. Por razões, contudo, que qualificaremos de providenciais, embarcou para a região das oportunidades, a América do Sul. Schubert não foi enviado pela igreja; nenhuma comissão votou sua indicação, instituição alguma lhe pagou a passagem. Todavia, o poder divino que se manifestou no Pentecostes, levou-o ao cenário de suas agonias, de suas inovações, de suas contradições e de suas vitórias.11
Encontra esposa no Chile
O protagonista de nosso ensaio chegou à Argentina em alguma ocasião do ano de 1914. Desde então, até o momento em que escrevemos este reconhecimento, já se passaram 74 anos.12 Em novembro do ano seguinte, estava no Chile e, em 1921, havia contraído matrimônio com Amera Balada. A história da família Balada está relacionada com o início de nossa obra no belo país andino.
Tudo aconteceu de acordo com as fontes que pesquisamos. Fred William Bishop, junto com Tomas Davis, são considerados os primeiros colportores a chegarem ao Chile.13 Enquanto estudava no colégio de Healdsburg, agora Pacific Union College, Bishop ouviu um sermão pregado pela irmã E. G. White. Nessa mensagem, ela fez um apelo dramático para que os jovens alunos se integrassem ao programa missionário da igreja e fossem aos campos distantes, dar testemunho em favor do evangelho.14 Aceitando o desafio, Bishop e Davis resolveram ir para o Chile.
À viagem de barco até o porto de Valparaíso demorou cinqüenta e quatro dias. Quando atracaram, mal deixaram o barco, começaram a vender Bíblias e livros às pessoas que falavam o inglês. Para darem a mensagem às pessoas que falavam o espanhol, escolhiam versículos da Bíblia e pediam aos transeuntes que fizessem o favor de lê-los em castelhano. Percorreram o país de norte a sul e, finalmente, Bishop aventurou-se a uma viagem às Malvinas, onde semeou as primeiras sementes do adventismo naquelas ilhas remotas. Como resultado de todo esse trabalho de valorosa semeadura, a família Balada aceitou a mensagem e um de seus membros, Amera, veio a ser esposa de Walter Schubert.15 O casamento se realizou em 7 de março de 1921, tornando-se Amera uma fonte de inspiração e força para Walter, ao longo dos muitos anos de vida conjugal. Dessa união nasceu uma filha, Dorita, que mora na Califórnia, e é casada com o Dr. Wesley Buller.
Três episódios dramáticos
Foi numa escola rural de Segui, Entre Rios, que Schubert iniciou seu ministério docente, em 1916. Tudo aconteceu enquanto Schubert andava por uma das ruas poeirentas de um povoado nortista, sem dinheiro, com fome e sem amigos. Pareceu-lhe ouvir uma voz que lhe dizia: “Vá ao correio, que ali há uma carta para você.” Embora não conhecesse ninguém que pudesse interessar-se por ele, dirigiu-se ao correio. Havia ali uma carta com um cheque no valor de trinta e cinco pesos argentinos, e uma promessa de trabalho. A carta estava assinada por Ernesto Rosher, um agricultor adventista de Crespo, Entre Rios, Argentina.16
Sensibilizado com essa demonstração do amor divino, Schubert procurou um lugar solitário para ajoelhar-se e, derramado lágrimas, ergueu a voz em agradecimento, dizendo: “Obrigado, Senhor!” Continuou ensinando na escola de Segui até 1918, e daí em diante por quarenta e seis anos; até sua jubilação em 1962, serviu à igreja como professor, auxiliar de escritório, departamental, tesoureiro, presidente de associação, secretário ministerial de divisão e, finalmente, como associado ministerial a nível da Associação Geral. Naqueles longos quarenta e seis anos, diz Schubert, “poucas vezes” me senti com saúde.17 Prosseguiu com confiança no Senhor, enquanto em silêncio enfrentava as alternativas de sua enfermidade.
Três ocasiões críticas, na vida de Schubert, deram origem a momentos especiais em seu ministério. A primeira delas atingiu seu ponto culminante em 1923, quando alguns de seus contemporâneos pensavam que Ele não possuía as condições pessoais adequadas para fazer evangelismo público. Como poderia uma pessoa gaga satisfazer as exigências evangelísticas? Dessa forma, até 1923 Schubert atuou como professor primário, funcionário de escritório e departamental a nível de Associação.18
No ano acima mencionado, passaram-lhe o chamado para ser departamental da União Austral, com sede em Flórida, Buenos Aires. Mas o presidente da Associação, querendo conservá-lo, ofereceu-lhe, ainda que com relutância, trabalho pastoral na igreja de Valparaíso. Schubert aceitou o chamado com alegria, pois considerava o pastorado como a porta da oportunidade para realizar a obra de evangelista com a qual sonhara.19
Quando a notícia se tomou conhecida, alguns abanavam a cabeça e diziam: “Vai ser um fracasso!” Contudo, os resultados mostraram o oposto. Com perseverança, apoiada numa vontade de ferro e contínua oração, a deficiência da fala, em lugar de ser um empecilho, transformou-se em um atrativo para o ouvinte. Sua personalidade marcante cativava o auditório e, em três anos de trabalho árduo, o número de membros da igreja de Valparaíso triplicou.
Antes como agora, a escassez de dinheiro tornava mais difícil a tarefa evangelizadora. Não obstante, sempre houve líderes e irmãos que se arriscaram, facilitando os meios indispensáveis para a proclamação do evangelho. Essa primeira crise culminou em vitória.20
Na segunda crise, uma mulher extraordinária, cheia de fé e comprometida com o Senhor, salvou o homem. Schubert foi “tentado a tirar vantagem de ofertas de trabalho fora da denominação, e assim libertar-se das pressões econômicas e da angústia de um evangelista”. Certa manhã resolveu pedir sua renúncia e, quando acabou de escrevê-la, estava disposto a entregá-la. Mas quando ia saindo, sua bondosa esposa Amera o interrompeu. Abrindo os braços para impedir-lhe a saída, disse-lhe: “Não te deixarei sair enquanto não me prometeres não abandonar o ministério. Casei-me com um pastor, e quero que este homem chamado Walter Schubert continue sendo um ministro de Deus.” Comovido com as lágrimas da esposa, Walter renovou seu voto de lealdade ao Senhor. Uma boa esposa pode motivar um homem para o serviço de Deus, e uma destituída de fé e confiança pode levá-lo ao fracasso.21
Os que tivemos a felicidade de testemunhar os episódios que deram origem à terceira e talvez mais frutífera crise, sabemos que Deus continua no comando de Sua igreja. O congresso quadrienal da União Austral, convocado em 1946, foi cenário dessa crise. Walter Schubert, com vasta experiência administrativa e com trinta anos de serviços contínuos, prestados à Divisão Sul-Americana, era candidato em potencial para ocupar a presidência. Contra toda lógica, os irmãos elegeram o Pastor Alfredo Aeschlimann22 que, embora com limitada experiência administrativa, gozava do respeito de todos. A sabedoria dessa escolha ficou demonstrada na habilidade e amadurecimento administrativo de Aeschlimann ao dirigir a União com singular eficiência, em busca de seus objetivos.
Como se poderia prever, o desapontamento e frustração de Schubert foram amargos, e os resultados difíceis de entender naquele momento, mas Deus tinha um plano melhor para ele. Fechara-se para sempre uma porta, mas outra era aberta por Deus, e nela entrou Schubert para viver os últimos anos de seu ministério na romântica aventura do evangelismo. Durante trinta anos, desejara fazer a obra de um evangelista sem interrupções nem impedimentos, mas os irmãos tentaram fazê-lo um administrador. Na verdade, foram anos de difícil aprendizado, mas a experiência adquirida foi frutífera. Agora estava preparado, embora nunca de maneira integral, para fazer da pregação a ocupação exclusiva de sua vida. Os anos 1946-1948 estabelecem o ponto de transição, o final de uma era e o início de uma nova experiência na vida de Schubert.23 Nessa data, Schubert passou a ser o evangelista da Divisão Sul-Americana.
Revolução na metodologia
O escritor católico, Robert Wood, S. N. diz qual tem sido o ponto fraco do evangelismo adventista. Afirma que os adventistas têm encontrado muita oposição na América Latina por serem abertamente anticatólicos.24 Confessa bondosamente que “os adventistas do sétimo dia encontram-se em todas as partes da América Latina… Os adventistas são tão ativos como grupo missionário, que três quartas partes deles estão fora dos Estados Unidos”. Concluindo, faz esta observação: “Se seu enfoque fosse mais positivo e diplomático, certamente obteriam maior êxito ainda.”
Foi isso que Schubert quis desenvolver. Poder-se-á discutir se alcançou esses objetivos ou não; o que ninguém poderá discutir, porém, é a intenção. Schubert andou um bom trecho na direção certa. Conseguiu atingir dois grandes objetivos: abandonou o enfoque protestante trazido pelos missionários norte-americanos — técnica que se mostrou insuficiente ou inadequada — e introduziu uma metodologia mais em harmonia com o temperamento e a cultura à qual era dirigida.
Um acontecimento histórico que mostra a importância de ouvir e avaliar as opiniões dos irmãos leigos, é narrado por Schubert. Enquanto fazia uma série de conferências na igreja de Palermo, na cidade de Buenos Aires, a irmã F. Longhi lhe deu um conselho que apressou a mu-dança da metodologia. Ela havia conseguido trazer às reuniões vários de seus familiares, mas no dia seguinte eles foram à igreja católica confessar-se, temendo ter cometido pecado mortal. A irmã Longhi disse a Schubert que seus familiares haviam estado todo o tempo da reunião tremendo de medo, especialmente ao serem convidados a dar ofertas, cantar e orar.25–26 Fez então a seguinte sugestão: por que o senhor insiste em fazer com que os ouvintes orem, cantem e dêem ofertas, quando na verdade foram convidados para ouvir um assunto religioso? O senhor deve fazer conferências como o fazem os professores de faculdade; e, se precisar de dinheiro, peça-o aos irmãos da igreja.
Naquela noite, Schubert perdeu o sono e, pela manhã, fez uma consulta especial à comissão da Associação, explicando o ocorrido com a irmã Longhi. O Pastor Hammerly Dupuy deu total apoio à idéia de inovar, e a Comissão votou que se fizesse uma experiência. Foi alugado um teatro com capacidade para 400 pessoas. O resultado foi surpreendente, dando origem, as-sim, a uma nova dimensão evangelística desconhecida até então.27 Logo os pastores da Argentina e Uruguai seguiram o exemplo e, como conseqüência, o número de conversos aumentou consideravelmente.
Chegamos assim ao final deste ensaio, cuja finalidade principal foi relembrar um homem que viveu num tempo difícil para a pregação, mas se lançou à romântica aventura da evangelização e venceu. Seu exemplo clama por imitação nestes dias de incerteza e desafio.28
No horizonte de cada ser humano há objetivos terrenos corretos e legítimos que merecem ser alcançados. Há, porém, para o crente consagrado e fiel, uma paixão que não deve ser restringida — a paixão pela salvação das almas.29 A obra do evangelista chegará ao zênite se nosso olhar estiver fixo em nosso Senhor. A metodologia de Schubert não foi perfeita, sua personalidade não era perfeita, mas o era sua paixão pelas almas, e isso significa muito. Em seu compromisso com o Eterno, Schubert mostrou que os crentes no Senhor podem avançar, mesmo contra toda impossibilidade, e triunfar. Ele lutou por seu ideal missionário, e Deus lhe deu a vitória.30
- 1. Ver Howard B. Weeks, Adventist Evangelism in the Twentieth Century (Review and Herald, 1969), pág. 19.
- 2. Daniel Hammerly Dupuy (+ 1972). Doutor honoris causa pela Universidade de Andrews, 1970. Foi profundo pensador, escritor prolífico, arqueólogo, antropólogo e evangelista influente. A Universidade Adventista da União Incaica, com sede em Nana, Peru, honrou-o postumamente, dando seu nome à biblioteca.
- 3. Alcides Campolongo. Foi durante 30 anos o evangelista da cidade de São Paulo, Brasil. É locutor oficial de nossos programas de rádio e televisão. Batizou mais de 10.000 preciosas almas e realizou em torno de 500 casamentos. Sua personalidade amável, realçada por sua sonora voz e seu cativante sorriso, além de seu amor à igreja, têm-lhe dado uma posição privilegiada como evangelista.
- 4. Geraldo de Oliveira, Enoch de Oliveira e Gustavo Storch deram contribuições positivas e causaram motivações profundas no evangelismo das massas. Os frutos são vistos na pujança da Igreja Adventista do Brasil.
- 5. Carta do Dr. Rubén Pereyra a Salim Japas, 2 de maio de 1976.
- 6. Enoch de Oliveira, South America, the Adventist Message and the Method (monografia para Andrews University Seminary, maio de 1967), pág. 21.
- 7. Carta do Dr. Joel Sarli a Salim Japas, 11 de maio de 1976.
- 8. George W. Schubert (1869-1943), nasceu em Potsdam, Alemanha.
- 9. Ver The Seventh Day Adventist Enciclopedia.
- 10. O manuscrito inédito de Walter E. Murray, ex-vice-presidente da Associação Geral e ex-presidente da DSA, em poder do autor, indica que quando Walter Schubert chegou à idade de 14 anos, seu pai teve um diálogo com ele. Nesse diálogo, foi oferecida a oportunidade de escolher a igreja à qual queria pertencer. Walter preferiu a adventista à luterana. O batismo de Walter e outros quinze conversos, foi realizado em segredo em um prédio de quatro andares. Os catecúmenos e as poucas testemunhas prometeram manter em sigilo o que havia acontecido, pois as denominadas “seitas” podiam pregar, mas estavam totalmente proibidas de administrar sacramentos.
- 11. Carta de Walter Schubert a Salim Japas, 15 de abril de 1974.
- 12. O documento de Walter E. Murray, que mencionamos, informa que ao estourar a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os pais de Walter, ante o perigo de este ser incorporado às fileiras do exército, decidiram enviá-lo para fora do país, para a América do Sul, com um adventista agricultor, de origem alemã, que via-java para a Argentina. Depois de três anos de duro trabalho na colheita do amendoim, Walter foi despedido devido, em grande parte, a in-compatibilidade temperamental com o dono da plantação (ver também carta de Walter Schubert a Salim Japas de 6 de março de 1975).
- 13. Fred William Bishop. As datas a ele indicadas foram proporcionadas por Guilherme Bishop e Vyhmeister, filha de Fred, em carta de 10 de maio de 1974, dirigida a Salim Japas.
- 14. Ver SDA Enciclopedia, págs. 225-228.
- 15. Idem, pág. 100.
- 16. Walter E. Murray, obra citada, pág. 4.
- 17. Carta de Walter Schubert a Salim Japas, 29 de abril de 1974.
- 18. Carta de Walter Schubert a Salim Japas, 15 de abril de 1974.
- 19. O manuscrito de Walter E. Murray, citado várias vezes em nosso, trabalho, mostra que, quando Walter era criança, presenciou um debate público entre seu pai e vários pastores luteranos. Embora as crianças estivessem proibidas de assistir, Walter conseguiu burlar a vigilância familiar. Walter aplaudiu o pai até se cansar, e depois foi à frente cumprimentá-lo quando o debate terminou a favor dos adventistas.
- 20. Idem, pág. 6.
- 21. Ver Walter Schubert, My Spiritual High Andes, Review and Herald, 23 de julho de 1958.
- 22. Alfredo Aeschlimann. Nasceu no Chile em 1904, de pais suíços. Foi batizado na igreja adventista no Colégio de Chillán em 1923. De seu casamento nasceram dois filhos: Lucy e Carlos Edy. Este último fez progresso como obreiro de grande eficiência no setor de evangelismo. Carlos Edy foi evangelista da Associação de Buenos Aires, da União Austral até 1965. Des-de então, foi constituído promotor de uma extensão evangelística significativa na Divisão Interamericana, atuando primeiro como evangelista da União Mexicana, e depois como secretário ministerial associado da Associação Geral e responsável por Colheita 90. Dom Alfredo Aeschlimann, seu pai, depois de um trabalho bem-sucedido como administrador da União Austral, em 1955 foi para Cuba, onde ensinou e dirigiu o departamento de teologia do Colégio das Antilhas. Em momentos difíceis para a Igreja, assumiu a presidência da Instituição. Mais tarde, tornou-se presidente da União Mexicana, terminando seu ministério de 50 anos de serviços, como secretário ministerial da Divisão Interamericana. Ele e sua esposa Maria Dolores vivem agora em Coral Gables, Flórida, Estados Unidos.
- 23. Enoch de Oliveira, obra citada, pág. 21.
- 24. Robert Wood, SN, Missionary Crisis and Challenge in Latin America (St. Louis, Herder Book Co., 1964), pág. 62.
- 25 e 26. Carta de Walter Schubert a Salim Japas, de 27 de março de 1974. Embora não se indique a data do acontecimento de referência, podemos afirmar que deve ter ocorrido entre os anos 1937 e 1939.
- 27. Os que tiveram, como nós, ocasião de ou-vir Walter Schubert em mais de uma oportu-nidade, sabem que suas mensagens produziam impacto. Com o tempo, conseguiu atrair públi-co numeroso. Entre suas campanhas de maior êxito, podem-se mencionar as de Quito, Equador; Manaus, Brasil; Havana, Cuba; Milão, Itália, etc.
- 28. Ver The Ministry,abril de 1960, pág. 15.
- 29. Salim Japas, Fuego de Dios en la Evangelización, pág. 3.
- 30. Walter Schubert dormiu no Senhor, placidamente, em sua casa de Loma Linda, Califórnia, em 28 de outubro de 1980.