O lixo faz parte de nossa história; gregos e romanos desenvolveram o hábito de enterrar seus resíduos. Na Idade Média, o lixo acumulado começava a cobrar seu preço com a contaminação da água e o surto de epidemias como peste negra, cólera, febre tifoide e seu risco de morte. A revolução industrial do século 19 multiplicou a produção de materiais e o consumo. Em 1874, em Nothingan, Inglaterra, surgiu a primeira incineradora que queimava permanentemente o lixo.
O século 20 trouxe diversificação e multiplicação de produção e consumo. Novas informações foram adquiridas, gerando preocupações como: deterioração da camada de ozônio, aquecimento global, poluição ambiental e interesse crescente pela ecologia.
“O plano de Deus inclui reduzir o pecado ao expoente zero”
O livro Seis Razões Para Diminuir o Lixo no Mundo, de Nilson Machado e Silmara Casadei, apresenta três atitudes para diminuir os problemas gerados pelo lixo: Reduzir, reutilizar e reciclar que, colocadas em prática, resultam em redução da contaminação da terra, água, ar e dos desperdícios, melhora da saúde, prolongamento quantitativo e qualitativo da vida.
No século 21, o aumento do consumo e o uso de materiais não biodegradáveis, eletrônicos e nucleares produzem verdadeiro caos planetário. Anualmente, 30 trilhões de toneladas de lixo são jogados no planeta. Nos países desenvolvidos, a produção de lixo ultrapassa 3 kg por pessoa.
Isso nos leva ao tempo em que o produto recém saído das mãos do Criador era tão perfeito que o controle de qualidade a ele aplicado produziu o seguinte certificado: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Mas, o pecado maculou o produto original. O ser humano escolheu degradar-se, transformar-se em resíduo. Somos parte dessa matéria em decomposição que gera frustração, dor e morte.
Diante dessa realidade, Paulo exclamou: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Felizmente, o mesmo Espírito Santo que lhe permitiu reconhecer a situação indicou o remédio: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 7:24, 25).
Essa é a mensagem do evangelho, a esperança para o mundo e a humanidade carcomidos pelo pecado. O plano de Deus inclui reduzir o pecado ao expoente zero. O Senhor quer habitar em nosso coração para lavar nossa vida no sangue de Jesus. Deseja reutilizar o resíduo da nossa vida, resto do produto original perfeito, como um vaso novo e limpo, canal que redistribua água da vida que jorra desde a misericórdia de Deus.
O Senhor quer bater às portas dos cemitérios e despertar com novo corpo e nova vida aqueles que descansam em Suas promessas. Deseja transformar em novas criaturas aqueles que O aguardam; o mortal em imortal, o corrupto em incorruptível. Quer extinguir o pranto, a dor, o luto e a morte. Deseja reciclar o mundo, de modo que tudo seja novo, sem lembranças das coisas passadas.
“A destruição de pessoas é a principal ocupação constante de Satanás e seus agentes sobre a Terra. A salvação de pessoas é a obra de todo seguidor de Cristo, por mais fraco que seja. Quando o interesse egoísta [de alguém] assume a primazia e a salvação de pessoas ocupa uma posição secundária, se é que chega a fazê-lo, esse homem está labutando ao lado de Satanás…
“Precisamos arrebatar as pessoas de seu caminho. Temos que ter clara previsão, discernimento e fé, e trabalhar como para salvar uma vida que perece, da qual algum descuido de nossa parte poderia ser a causa de morte…
“Certo homem, quando a igreja na Escócia estava tomando algumas resoluções para comprometer a fé, para renunciar a seus vigorosos princípios, resolveu nunca ceder um jota ou til. Colocou-se de joelhos diante de Deus e implorou o seguinte: ‘Dá-me a Escócia, se não eu morro.’ Sua oração insistente foi ouvida. Tomara ascenda em toda parte a fervorosa oração de fé: Dá-me pessoas soterradas agora no entulho do erro, se não eu morro! Levem essas pessoas ao conhecimento da verdade como é em Jesus” (Ellen G. White, Este Dia com Deus”, p. 169).