HOJE em dia, o pregador é um obreiro, não uma testemunha; um trabalhador, não um pregador; um gerente, não um ministro; um administrador, mais do que um embaixador; em lugar de a Palavra de Deus, estuda métodos; tem um cargo, mais do que um estudo …
Existe uma busca frenética de novos métodos, uma ânsia por encontrar alguma coisa que faça avançar o reino. Dir-se-ia que Deus está falido. Essa pressa héctica para de alguma maneira pôr a coisa em condição de produzir, é um testemunho fraco para um mundo necessitado. Tem o mundo bastante ansiedade nervosa e desassossêgo, sem o que lhe acresce a Igreja. Êsse esfôrço no trabalho, sob a convicção de resultados fracos, poderá ser melhor do que nada fazer, mas não atinge a raiz da dificuldade. O homem repleto do Espírito e cheio de amor não trabalha para Deus sob a tensão e o aguilhão da preocupação de que os dados estatísticos serão baixos. Trabalho por amor, e a unção do Espírito Santo removem a tensão e a ansiedade.
A noção moderna é que tantos programas, mais tanta atividade, mais tantos projetos, produzirão resultados. Por si só, isto não promoverá o reino. A menos que Deus, Espírito Santo, surja na cena, as almas não serão convencidas nem convertidas. E a nossa pressa héctica não atrairá o Espírito.
Vamos à raiz do assunto: não estamos satisfeitos com os dados estatísticos; não possuímos o capital espiritual para, por meio do Espírito Santo, conseguir resultados espirituais; não nos dispomos a orar a Deus e por Êle esperar … e assim, saímos para fazer a coisa funcionar por uma multiplicidade de métodos e com entusiasmo humano. Ignoramos o valor comprovado do trabalho normal (se bem que não mais seja comum) da oração intercessória, do apêlo persistente, dos testemunhos sinceros, e da pregação com base nas Escrituras. — H. Tjepkema, em The Free Methodist.
Só Mediante a Oração
A IGREJA que multiplica as comissões e negligencia a oração poderá ser irrequieta, barulhenta e empreendedora, mas trabalha debalde e gasta a energia em troca de nada. É possí-vel execeder-se em aparatos e fracassar no dinamismo. Existe superabundância de aparelhamento — falta o poder. Necessita-se de Deus para dirigir uma organização. O homem pode suprir energia, empreendimento e entusiasmo pelas coisas humanas … A energia da carne pode dirigir lojas, organizar diversões (podemos somar, acionar um projetor de filmes) e produzir milhões; mas a presença do Espírito é que faz um templo do Deus vivo — ela só vem me-diante a oração. — Samuel Chadwick, em The Way to Pentecost.