Ouvindo estimativas da idade da Terra, que variam de seis mil a mais de quatro milhões de anos, você pode se perguntar: “Que diferança faz o que eu creio sobre a idade da Terra e há quanto tempo a vida existe nela?” Suas convicções sobre tais questões refletem sua percepção da credibilidade da Bíblia. Elas também fazem uma importante diferença em como você interpreta as hipóteses oferecidas pela ciência e a informação apresentada nas Escrituras.
Como cristãos que crêem na Bíblia, aceitamos como fato que Deus criou a Terra. Como seres inteligentes, esforçamo-nos para entender a criação de Deus usando os instrumentos de análise oferecidos pela ciência humana. A datação radiométrica está entre os mais difundidos métodos usados para calcular a idade do nosso planeta. Tal método está baseado na análise da radioatividade na matéria. Este artigo explora o que a datação radiométrica pode nos informar acerca da idade da Terra e do nosso sistema solar, e as implicações para nossa interpretação do registro bíblico da Criação.
Breve histórico
O estudo da decomposição radioativa (decomposição natural e espontânea dos átomos), tem menos de um século de idade. Em 1896, o físico francês Henri Becquerel relatou para a Academia de Ciências em Paris a decomposição radioativa do urânio. Em 1904, Lord Ernest Rutherford reconheceu o potencial em se observar a decomposição da passagem do tempo.
Dois anos depois, Rutherford e Soddy calcularam a idade de uma amostra de urânio, encontrada no estado de Connecticut, EUA, em 550 milhões de anos.
Apesar das promissoras aplicações, a datação radiométrica não foi plenamente explorada senão muitos anos depois, com a grande atividade radiocronológica que aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial. O famoso livro de W. J. Libby, Radiocarbon Dating, foi publicado há pouco mais de 30 anos. Portanto, como área de ciência relativamente nova, a datação radiométrica ainda sugere muitas questões não respondidas.
Para discutirmos a questão a que nos propusemos, é necessário que os leitores estejam, pelo menos superficialmente, familiarizados com o processo de decomposição radioativa que é estudada para determinar a idade radiométrica. Sucintamente, a datação radiométrica busca estabelecer a idade da matéria baseada na proporção decrescente dos isótopos e a constância do índice de decomposição de isótopos radioativos presentes. Os isótopos são dois ou mais átomos cujos núcleos têm o mesmo número de prótons, porém um número diferente de nêutrons. O núcleo atômico dos isótopos radioativos é instável. Na proporção em que eles mudam para uma configuração mais estável, os núcleos se desfazem em partículas subatômicas, elementos diferentes e carregados de energia. Na medida em que a decomposição avança, o material radioativo “progenitor” (exemplo, o urânio) é transformado em descendente ou produto “filho” mais estável (exemplo, o tório, etc.). Este processo continua até que um produto “filho” estável seja alcançado (no caso do urânio, este é o chumbo).
A extensão de tempo requerido para que a metade do material progenitor original se decomponha é conhecido como “meia-vida” do isótopo. Estas meias-vidas variam daquelas muito curtas para serem medidas (menos que 0.000000001), àquelas extremamente longas (mais de um bilhão de anos). Para um determinado isótopo radioativo, a idade infinita é assumida depois de se passarem sete a dez meias-vidas, porque depois desse ponto é estatisticamente impossível detectar a presença de isótopo progenitor. Um objeto que é infinitamente antigo com respeito a todos os isótopos poderia não demonstrar qualquer radioatividade, pois o isótopo radioativo teria se decomposto completamente em seus produtos filhos estáveis. Embora a datação radiométrica seja amplamente usada e aceita, ela está longe de ser um método livre de problema, como veremos a seguir.
Nosso sistema solar
O fato de que encontramos isótopos radioativos presentes em materiais da Terra, Lua e meteoritos, fortemente sugere que nosso sistema solar tem idade finita. Pode essa idade ser calculada? Idades potencialmente mínimas e máximas para o nosso sistema solar podem ser obtidas através de uma análise das proporções dos isótopos radioativos, proporção progenitor/filho e isótopos radioativos ausentes. Por exemplo, o urânio-238 tem uma meia-vida de 4.47 bilhões de anos. Observando-se a limitação mencionada acima, a qual não permite o cálculo de idades além de sete a dez meias-vidas, concluímos que a presença do urânio-238 no sistema solar implica uma idade máxima de cerca de 45 bilhões de anos para sua consolidação. Esse cálculo é posteriormente refinado, analisando-se a proporção do urânio-235/urânio-238, a qual implica uma idade máxima de cerca de cinco bilhões de anos.
Usando-se o mesmo método de análise da proporção progenitor/filho, observando-se os casos onde os isótopos filhos são encontrados e os isótopos progenitores claramente ausentes, uma idade mínima pode ser obtida para a consolidação do sistema solar. Por exemplo, samário-146, com uma meia-vida de cerca de 100 milhões de anos, não é encontrado em depósitos que ocorrem naturalmente. Contudo, seu produto filho estável, neodímio-142, é encontrado em tais formações. Um cálculo de dez meias-vidas estabelecería uma idade mínima para a consolidação em cerca de um bilhão de anos. Assim, esse processo leva-nos à interessante conclusão de que a idade radiométrica dos planetas, luas e meteoritos de nosso sistema solar pode variar entre um e cinco bilhões de anos.
Técnicas diferentes
Uma variedade de técnicas é usada (por exemplo, potássio-argônio, rubídio-estrônico, etc.) para medir a proporção progenitor/filho de diferentes elementos encontrados em uma amostra. Essa variedade de técnicas permite aos cientistas interpretarem a idade aproximada, na qual um espécime experimentou eventos maiores, tais como sua formação elementar (nucleogênesis), solidificação, aquecimento, refundição, choque, mistura com outros materiais, exposição à água ou a qualquer radiação de alta energia.
Os cientistas realizando mais de uma avaliação de idade radiométrica em determinada amostra, não se surpreendem quando os resultados de idade são diferentes. Essa discordância implica que a amostra em estudo pode ter experimentado mais de um evento modificador de idade. Tais eventos afetaram de diferentes formas os diversos isótopos em uma amostra. A discordância pode prover uma importante visão na cronologia dos eventos que uma amostra experimentou.
Em muitos casos, a datação radiométrica irá concordar, tanto física como quimicamente. Estas datas concordantes não podem ser facilmente explicadas e freqüentemente apontam para eventos físicos significantes. A concordância observada entre numerosas determinações de idade radiométrica para a consolidação de nosso sistema solar é um destes eventos. Contudo, antes que possamos estabelecer a idade do nosso sistema solar, é crucial notar que a concordância de datas radiométricas não implica automaticamente direta correspondência entre a idade radiométrica e o tempo real.
Idade radiométrica e o tempo real
A idade radiométrica e a idade cronológica podem ser assumidas como sendo equivalentes apenas se os seguintes critérios forem satisfeitos:
- 1. As condições iniciais são especificadas com um alto grau de precisão. Em outras palavras, se houve qualquer progenitor ou produto filho radioativo presente inicialmente, esses devem ser conhecidos com precisão.
- 2. As decomposições radioativas constantes sob estudo permaneceram inalteradas durante o período de vida da formação mineral.
- 3. A amostra permaneceu uma amostra fechada. Em outras palavras, a amostra foi química e fisicamente isolada desde sua fixação.
É importante perceber que o clima acadêmico no qual as técnicas de datação radiométrica foram desenvolvidas, presumiu longos períodos para o desenvolvimento das formas vivas através de evolução. Essa pressuposição removeu a busca de evidências para tais idades.
Esse pensamento também produziu uma pressuposição simplista e não justificada: que os relógios “radiométricos” em matéria são ajustados ou reajustados em zero, quando a matéria moveu-se devido à ação ígnea ou sedimentária (por exemplo, fluxo de lavas e depósitos de rios, respectivamente, etc.), ao invés de reterem todas ou parte de suas “informações de idade” durante o seu transporte.
No processo de fossilização (quando o material de uma forma orgânica, tal como as plantas, é substituído por um mineral), a hipótese do ajuste em zero sugere que a idade radiométrica do material mineral no fóssil ou aquele ao redor, é também o mínimo tempo real do fóssil. Apoio não qualificado de tal aplicação da hipótese do ajuste em zero pode ser descrito como sustentando uma “piada de cemitério”. É semelhante a uma pessoa tentar calcular a idade de um corpo enterrado, analisando a idade de uma camada do solo tanto acima como abaixo do caixão, ao invés de ler a lápide. Não devemos caracterizar qualquer pessoa que use a hipótese do ajuste em zero como sustentando essa “piada de cemitério”, mas devemos observar tais exemplos como enfatizando um importante conceito que é geralmente desconsiderado. Simplificando, as idades radiométricas para os minerais componentes da terra em um cemitério não determinam necessariamente as idades das pessoas sepultadas nele.
Enquanto ampla evidência apóia a hipótese do ajuste em zero de vários sistemas de cronômetros radiométricos, durante o transporte ígneo ou a metamorfose de minerais, o que não é bem publicado é que a literatura científica também autentica a herança de características de idade radiométrica estabelecidas anteriormente durante o processo de metamorfose e transporte ígneo. Em algumas situações, as características de idade, medidas independentemente, têm sobrevivido a eventos vulcânicos. A sobrevivência de tais características de idade pode estar em qualquer ponto entre completa e não existente. Vamos ilustrar isso.
O fluxo vulcânico do Monte Rangitoto, em Auckland, Nova Zelândia, oferece uma data de potássio-argônio (K-ar) de 485 mil anos. Contudo, essa erupção destruiu uma floresta de árvores que têm data de carbono-14 que é menos que 300 anos!1 A lava rochosa do Monte Capulin, no Nordeste do Novo México, EUA, tem aproximadamente quatro vezes mais produto filho radiogênico de argônio-40 que se esperaria ter-se acumulado durante a idade dessa rocha. Além disso, se a rocha fosse tão radiométrica, ela de-veria ser potássio puro.2 Outras incongruências dessa natureza têm sido relatadas.3
Em 1976, foi relatado que sedimentos recentemente depositados no fundo do Ross Sea, Antártida, exibia uma idade rubídio-estrôncio (Rb/Sr) de 250 milhões de anos em vez de uma idade zero, a qual seria a idade esperada devido ao caráter recente dos depósitos sedimentares. Estudo posterior revelou que as duas fontes dos sedimentos do Ross Sea, as Montanhas Transantárticas e as Montanhas Antárticas Ocidentais, tinham idades Rb/Er de 450-470 milhões de anos respecvtivamente.4 É evidente que os sedimentos do Ross Sea não foram submetidos à idade de ajuste em zero, mas são uma combinação das características radiométricas das duas áreas de origem.
Idades radiométricas que extrapolam os limites esperados são atribuídas a vários fatores: ajuste incompleto do relógio radiométrico na formação do mineral, remoção parcial do isótopo-progenitor, ou uma infusão do isótopo-filho após a formação do mineral. Por outro lado, idades radiométricas menores que as esperadas podem ser atribuídas à remoção parcial do isótopo-filho após a formação do mineral ou uma infusão do isótopo-progenitor.
Esses tipos de ilustrações são numerosos, mas penso que aquilo que eu queria enfatizar está demonstrado: quando se trata, princípalmente, com materiais sedimentários, e fósseis em particular, parece altamente provável que as idades radiométricas representem mais razoavelmente as características iniciais das fontes dos materiais nas quais os organismos foram sepultados, em lugar de apresentarem a época do sepultamento deles.
Agora que determinamos que os fósseis não partilham necessariamente a mesma idade radiométrica da rocha ao seu redor, enfrentamos o desafio de determinar o significado das características radiométricas. Conserve em mente que estas características não apenas representam a característica radiométrica inicial do material analisado, mas também qualquer mudança que tenha sido produzida por calor, água, etc., durante o processo de relocação. De acordo com Gênesis 1, 7 e 8 nosso planeta experimentou três maiores modificações que deveriamos esperar terem alterado as características de muitas formações minerais na crosta planetária. Essas modificações são o surgimento de continentes e bacias oceânicas no terceiro dia da semana da Criação, as subseqüentes mudanças na crosta e redução do contorno topográfico até que o planeta estivesse outra vez coberto por água (no Dilúvio), e o reaparecimento dos continentes e bacias oceânicas após o Dilúvio. Cada uma dessas modificações, e particularmente os efeitos combinados de todas as três, introduzem severas complicações na interpretação da informação radiométrica para muitos dos espécimes minerais disponíveis para nosso estudo.
Estratégia para acomodação de dados
Esta discussão tem sido limitada aos dados de idade radiométrica para minerais inorgânicos, especialmente aqueles associados com fósseis. Três estratégias podem ser consideradas para acomodar estes dados aos presentes nas Escrituras.5
- 1. Ignorar qualquer dado provido pelas técnicas radiométricas.
- 2. Assumir que a Terra, Lua e estrelas têm apenas alguns milhares de anos de idade e que os dados radiométricos observados hoje são apenas o resultado dos processos que não são completamente entendidos (alguns sugerem que a Terra foi criada com idade aparente).
- 3. Assumir que as atividades da recente semana da Criação (milhares, não milhões de anos no passado) envolvem grandes quantidades de materiais inorgânicos elementares que foram criados previamente, talvez 4.56 bilhões de anos no passado.
A primeira abordagem não é uma alternativa real e portanto não merece nenhuma consideração adicional.
Idade real ou aparente?
A segunda alternativa é tomada por mui-tas pessoas cujas convicções concernentes à interpretação bíblica da Criação não permitem uma idade de 4.5 bilhões de anos para o material inorgânico encontrado no sistema solar. Essa abordagem assume que aquilo que muitos crêem serem características radiométricas de longo termo foram introduzidas no material inorgânico na recente Criação por razões que desconhecemos. Alguns interpretam estas características de longo termo como “idade aparente”.
O apoio mais forte para essa abordagem vem da narrativa do Gênesis referente ao quarto dia da semana da Criação, o qual pode ser usado para apoiar a noção de que o Sol, Lua e estrelas foram trazidos à existência nesse dia. Contudo, essa interpretação apresenta alguns problemas.
Se o Sol, Lua e estrelas foram criados no quarto dia, há apenas poucos milhares de anos no passado, então Deus também criou as ondas de luz em trânsito, fazendo parecer como se elas tivessem originado em várias estrelas muitos milhões de anos no passado. As estrelas também teriam sido criadas em vários estágios de maturidade, dos buracos negros às gigantescas estrelas vermelhas, às pequenas estrelas brancas. Em adição, a nova e a supernova, tais como as SNI1987A,6 e outros eventos que parecem ter acontecido centenas de milhares de anos no passado, de acordo com a informação transmitida pelas ondas de luz, são meras ilusões impostas por tais ondas.
A “aparência de idade” do material inorgânico ou os vários estágios de maturidade das estrelas podem ser considerados como manifestações dos poderes criativos de Deus. Contudo, a criação de ondas de luz aparentemente em trânsito por milhões de anos, e levando a evidência da supernova mas que realmente não aconteceu, parecem ser ilusões – ilusões objetáveis porque implicam que Deus é desonesto. Por que haveria o Criador que fabricar evidências para eventos que não ocorreram ou julgar necessário mudar as leis que governam a velocidade da luz?
Uma interpretação mais ampla
A diferença entre a segunda e a terceira alternativas mencionadas anteriormente depende da amplitude com que se interprete Gênesis 1:1-3.
“No princípio criou Deus os Céus e a Terra. E a Terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. E disse Deus: haja luz; e houve luz.”
Parece que o primeiro dia da semana começa realmente no verso três.
A terceira abordagem assume que o material inorgânico existia em nosso planeta antes da criação da vida. O raciocínio é o seguinte: O verso um identifica Deus como criador, independente de quando o processo da Criação tenha acontecido. O verso dois identifica a Terra antes da semana da Criação como sem forma (isto é, em organização específica) e vazia (isto é, sem habitantes).
Não há referência nas Escrituras, dentro da semana da Criação, que trate da criação das águas ou dos componentes minerais da terra seca. A única referência feita quanto à criação deles é “no princípio”. Parece possível então que o material inorgânico elementar não está associado com uma idade limitada, da mesma maneira como o material vivo.
As alternativas dois e três sugerem fortemente que a idade radiométrica atribuída aos minerais inorgânicos associados com um fóssil é mais um reflexo das características do material original do que uma indicação da idade do fóssil; contudo, na abordagem dois, isto fica aberto para questões, uma vez que toda idade é “aparente”.
Ciência e fé
Se a ciência indica uma hipótese particular, e as Escrituras a permitem, parece razoável aceitar tal posição. Enquanto esta abordagem minimiza os conflitos entre interpretações científicas e bíblicas, nem todas as questões podem ser respondidas. Permanecem áreas que requerem mais que uma pe-quena medida de fé.
Devemos perceber que não há forma de partir diretamente dos dados radiométricos para a criação da matéria viva dentro dos 10 mil anos passados e um dilúvio universal, há cinco mil anos no passado. Estes são conceitos religiosos que são aceitos com base na fé, da mesma forma que a salvação.
Através de uma adequada combinação desta perspectiva de fé e da ciência é possível obter uma compreensão mais completa de Deus, nosso Criador e Sustenedor. Buscando harmonizar o caráter de Deus como revelado nas Escrituras e a Natureza, devemos buscar um modelo que seja consistente com ambas as fontes de informação. A terceira alternativa mencionada acima começa satisfazendo essas exigências. Onde não encontramos tal consistência, devemos buscar uma melhor compreensão das duas fontes de revelação: a Natureza e as Escrituras, pedindo a direção do Espírito Santo durante nossa busca.
A datação radiométrica é uma ciência interpretativa. Os complexos processos químicos e físicos que aconteceram dentro da Terra e sua crosta não são completamente conhecidos ou entendidos. Isto é especialmente verdade quando os parâmetros dos isótopos radioativos são considerados. Somando-se tais incertezas com o fato de que há numerosas ocasiões onde as idades radiométricas não estão em harmonia, parece lógico, e quase obrigatório, considerar seriamente outras fontes de dados para determinar o tempo da Criação. Para o cristão que é um cientista, esta fonte primária são as Santas Escrituras.
- 1. I. McDougal, “Excess Radiogenic Argon in Young Subaerial Basalts from Auckland Volcanic Field”, New Zeland, Geochimica et Cosmochimica Acta 33, 1969, págs. 1485-1520.
- 2. E. W. Henneke e O. K. Manuel, ‘‘Nobel Gases in Lava Rock from Mount Capulin, New Mexic”, Nature 256, 1975, págs. 284-187.
- 3. Um poço de petróleo no sudoeste de Louisiana, EUA, que foi perfurado em formações que tinham uma idade geológica convencional entre 5 e 25 milhões de anos (Mioceno) produziu cortes de broca de uma cantada em um nível de 5.190 pés de profundidade que tem uma idade K-Ar de 254 milhões de anos. Quando tais cortes foram examinados em componentes do tamanho de partículas, a média da idade K-Ar foi determinada em 164 milhões de anos para as partículas menores que metade de um micro em diâmetro, 312 milhões de anos para partículas na variação 1/2 – 2 micros em diâmetro, e 358 milhões de anos para partículas maiores que dez micros em diâmetro. É evidente que a maior proporção da superfície por volume para as partículas menores favorece a difusão e perda do argônio-40 que foi herdado da mesma fonte nesta camada. A perda do argônio resultou em idades menores. As características da idade radiométrica de sedimentos nos quais tal poço foi perfurado refletem as características de idades radiométricas de outras áreas-fontes escoadas pelos sistemas dos rios Missouri e Ohio, não o tempo da sedimentação.
- 4. Nelson R. Shafer e Gunter Faure, “Regional Varia-tion of SR-87/Sr-86 Ratios and Mineral Compositions of Sediment from the Ross Sea Antarctica”, Geological Society of America Bulletin 87, 1976, págs. 1491-1500.
- 5. Estes conceitos foram originalmente propostos por Robert H. Brown, diretor aposentado do Instituto de Pesquisa Geocientífica.
- 6. Kenneth Brecher, “Fascinating Supernova ”, Phisycs Today 41, 1988, págs. S-7 a S-9.