Muitos eventos e promoções especiais são recebidos com entusiasmo entre nós. Durante algum tempo são o motivo dominante de programações, palestras e comentários. Depois correm o risco de se transformarem numa vaga lembrança, na voragem do tempo, se não totalmente esquecidos.
O ANO DO PASTOR, do qual rapidamente alcançamos o último bimestre, bem que poderia ser diferente. Seus objetivos elevados e suas metas desafiadoras devem perenizar-se na vida de cada ministro, como um estímulo diário à busca de mais consagração, comunhão e intimidade com Deus, que, seguramente, culminarão no exercício de um ministério eficiente tanto no que tange à procura de almas perdidas, como no guardá-las alimentadas, nutridas e preparadas para o encontro final com o Supremo Pastor.
Não, este ano, com tudo o que representou para o ministério adventista, não deve acabar. Cada ano, daqui para frente, deve ser a continuidade do ANO DO PASTOR. Alvos elevados devem ser perseguidos a cada dia. Excelentes desafios devem ser encarados com ânimo, confiança e contentamento. A Igreja está esperando para responder às investidas promovidas por um ministério que atua em consonância com os ideais divinos.
O mundo está necessitado de homens destemidos, corajosos, e que com uma mescla de amor, ternura, ousadia e valentia proclamem a mensagem de advertência e salvação. E de modo coerente com a própria vida.
“Os atalaias que eram antigamente colocados nos muros de Jerusalém e outras cidades, ocupavam uma posição de grande responsabilidade. De sua fidelidade dependia a segurança de todos os que se encontravam nessas cidades. Ao perceberem qualquer perigo, não se deviam calar, quer de dia quer de noite. … Esses atalaias representam o ministério, de cuja fidelidade depende a salvação de almas. Os despenseiros dos mistérios de Deus devem postar-se como atalaias sobre os muros de Sião; e se eles vêem vir a espada, cumpre-lhes fazer soar o toque de advertência. Caso sejam sentinelas adormecidas, se suas percepções espirituais se encontram tão entorpecidas que não vêem nem compreendem o perigo, e o povo perece, Deus lhes requer o sangue das mãos do atalaia” – Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 533 e 534.
Deus espera capacitar homens segundo o Seu coração, para o desfecho final do drama do pecado. “Quando, como um povo, nossas obras corresponderem à nossa profissão de fé, veremos realizado muito mais do que testemunhamos agora. Quando tivermos homens consagrados como Elias, e possuídos da fé que o animou, veremos que Deus Se nos revelará como o fez aos homens santos de outrora. Quando tivermos homens que, ao passo que reconhecem suas próprias deficiências, como Jacó, pleiteiam com Deus em fervente fé, havemos de ver idênticos resultados. Em resposta à oração da fé, virá poder ao homem da parte de Deus…
“Precisamos de um ministério convertido, e então veremos a luz de Deus, e Seu poder a cooperar com todos os nossos esforços” – Idem, págs. 532 e 533.
Por conseguinte, não há mais tempo a ser gasto em lamentações, desacordos, futilidades e quinquilharias pastorais. O momento reclama ministros segundo os objetivos do ANO DO PASTOR, tão repetidamente mencionados neste crepuscular 1993. Estamos vivendo os últimos momentos da história do mundo, as cenas finais do drama do pecado. As partes monótonas já ficaram para trás. Presenciamos o clímax. Trepidante, assombrosamente rápido.
Em sua segunda epístola, Pedro descreveu o fim de todas as coisas, o significado disso para crentes e descrentes, e chamou a atenção dos cristãos para a necessidade de viverem de acordo com a solenidade do momento: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus…” (II Ped. 3:11 e 12).
Chegamos justamente a esse ponto. Não descuidemos. – Zinaldo A. Santos.