Quando a tempestade da vida fere a alma; quando a saraivada de injustiça desce sobre nós para esmagar a confiança nos companheiros de viagem para o Céu; quando as torrentes da dúvida são derramadas para nos oprimir o coração; quando a enchente da adversidade transborda para nos submergir no desânimo, é então que devemos estar ancorados na Rocha Eterna, a fim de não ser arremessados contra os recifes traiçoeiros, despedaçando-nos no abismo do desespero.

Tempos de crise virão para cada sincero filho de Deus. Amigos darão as costas para nós e nos abandonarão. Atos injustos serão praticados contra nós. Iniquidades porão à prova nossa fé. Nessas horas de severa provação, jamais devemos perder de vista o abençoado fato de que estamos servindo a Deus e não a homens.

Nossa prestação de contas pertence Àquele que conhece as sinceras intenções do coração quebrantado e oprimido. Ele compreende nossos problemas e perplexidades. Lê os motivos e aceita nosso trabalho e sacrifício. Seu sorriso de aprovação descansa sobre nossa devoção. Os que nos louvam hoje, amanhã nos condenarão. Devemos viver acima da mera eleição dos homens.

Homens, e mesmo homens frequentadores de igreja, às vezes cometem erros, porém Deus, jamais! Ele vindicará o direito. Deves cuidar para que Seu sorriso de aprovação repouse sobre ti, e deixar que os homens se enfureçam contra ti. Enquanto estiveres em comunhão com Deus, bem perto do Amigo maior, nada tens a temer.

Leroy Edwin Froom

ORAÇÃO DO PREGADOR 

Eis aqui, ó Senhor, um recipiente vazio que precisa ser cheio. Enche-o, Senhor meu. 

Sou débil na fé; fortalece-me! Sou frio no amor; aquece-me e torna-me fervoroso, para que meu amor possa chegar ao meu semelhante. 

Não possuo fé forte e firme; às vezes, duvido e sou incapaz de confiar inteiramente em Ti. 

Ajuda-me, ó Senhor! Fortalece minha fé e minha confiança em Ti. 

Escondi em Ti os tesouros de tudo o que tenho. Sou pobre; Tu és rico e vieste para ser misericordioso com os pobres. 

Sou pecador; Tu és justo. Em mim, há abundância de pecado; em Ti está a plenitude da retidão. 

Permanecerei, portanto, contigo, de quem tudo posso receber, mas a quem nada posso dar. Amém! 

Martinho Lutero