É um fato bem estabelecido que o pescador deve pegar peixe. Se não o fizer, estará desperdiçando o seu tempo. O médico deve necessariamente curar doenças. Se constantemente deparar com perdas de vidas, talvez sua licença seja suspensa e sua reputação arruinada. O agricultor deve produzir frutas, verduras e cereais, porque esta é sua fonte de subsistência. E o pastor precisa libertar pecadores pelo poder do Espirito Santo.
A serva do Senhor nos diz em termos inequívocos: “Em cada discurso devem ser dirigidos ao povo fervorosos apelos para abandonar seus pecados e volver-se a Cristo. Os pecados populares e as condescendências de nossa época devem ser condenados, e ordenada a piedade prática. Sentindo de coração a importância das palavras que profere, o verdadeiro ministro não pode reprimir o interesse espiritual que sente por aqueles por quem trabalha.” — Obreiros Evangélicos, pág. 159.
1. O sermão pregado deve ser apresentado com um alvo em vista: salvar homens. “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação.” I Cor. 1:21. Paulo estava convicto de que a pregação tinha um objetivo. Embora do ponto de vista da sabedoria humana isso pareça ser uma insensatez, sua finalidade é salvar os que crêem.
2. Outro propósito da pregação é persuadir as pessoas. Com demasiada freqüência o pastor talvez seja indiferente a sua responsabilidade e pense que seu trabalho está completo quando ele deu a advertência. No entanto, tem mais do que a responsabilidade de advertir as pessoas. “E assim, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens.” II Cor. 5:11. Se a mensagem não é persuasiva, as pessoas talvez sejam tão indiferentes como o pregador.
3. A pregação tem de trazer convicção. “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” Atos 2:37 e 38. No dia de Pentecostes houve convicção nos que ouviram a Pedro. Todo pregador do evangelho deve pregar com convicção em seu coração, e transmiti-la a seus ouvintes.
4. A pregação deve preparar as pessoas para o reino. “Oh! quem me dera servir-me de linguagem suficientemente vigorosa para causar a impressão que desejo sobre meus companheiros de obra no evangelho! Meus irmãos, estais lidando com as palavras da vida; estais tratando com espíritos capazes do máximo desenvolvimento. Cristo crucificado, Cristo ressurgido, Cristo assunto aos Céus, Cristo vindo outra vez, deve abrandar, alegrar e encher o espírito do ministro, por tal forma, que ele apresente estas verdades ao povo em amor, e profundo zelo. O ministro desaparecerá então, e Jesus será revelado.” — Obreiros Evangélicos, pág. 159. Lemos também em Atos dos Apóstolos, pág. 109: “Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos.” Quem mais é capaz de realizar a tarefa de reunir os que estão no limiar do reino, do que o pastor que se encontra detrás do púlpito sagrado proclamando a Jesus Cristo como Amigo dos pecadores?
1. O pastor jamais conseguirá comover seus ouvintes sem que primeiro sua própria alma seja avivada por sua mensagem. Cristo sentia compaixão dos outros. “Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” S. Mat. 9:36. Os homens e as mulheres encontram-se hoje em situação similar. Estão confusos e necessitam de orientação. Nós, como pastores, devemos ter um espírito compassivo ao vê-los dispersos como ovelhas que não têm pastor.
2. Jesus chorou sobre Jerusalém, com compaixão. “Jerusalém, Jerusalém! que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta.” S. Mat. 23:37 e 38. Jesus chorou com compaixão sobre a cidade de Jerusalém porque desejava salvar seus habitantes. É o nosso coração sensibilizado pelos que estão se afastando de Deus, de modo que choremos com compaixão como Jesus o fez?
3. Cristo compadeceu-Se ao ver um pobre leproso. “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo!” S. Mar. 1:41. Pelo poder do Salvador, os que são imundos, por estarem acometidos pela lepra do pecado, precisam ser purificados pelo evangelho confiado a todo pastor.
“Quando Seus olhos percorriam a multidão dos ouvintes, e reconhecia entre eles os rostos que já vira anteriormente, Seu semblante iluminava-se de alegria. Via neles candidatos, em perspectiva, a súditos do Seu reino. Quando a verdade, dita com clareza, tocava algum acariciado ídolo, observava a mudança de fisionomia, o olhar frio, de repulsa, que mostrava não ser a luz bem recebida. Quando via homens recusarem a mensagem de paz, isso Lhe traspassava o coração.” — O Desejado de Todas as Nações, ed. popular, pág. 231.
1. O tipo mais comum de apelo usado pelos pastores é o ato de levantar a mão. Isto é eficaz e muito fácil de ser feito pelas pessoas numa congregação.
2. Inclinar a cabeça e levantar a mão. Este tipo de apelo produz reverência. Em silêncio e enquanto é tocada uma música suave, este tipo de apelo é muito eficaz.
3. Uso de cartões de decisão. Ao usá-los, deve haver alguns indivíduos aos quais tenha sido atribuída a responsabilidade de distribuir rapidamente os cartões, de modo que não haja perda de tempo.
4. Breve encontro após a reunião. Este é outro tipo de apelo usado por muitos. Contanto que as pessoas não sejam retidas durante demasiado tempo após a reunião regular, muitos têm achado eficaz este tipo de apelo.
5. Convite para oração especial. Numerosas pessoas têm fardos pesados na vida — físicos, mentais ou espirituais. Muitas vezes elas ficam contentes quando recebem um convite para oração especial.
6. Convite geral para uma vida vitoriosa. Os indivíduos são convidados de várias maneiras para indicarem seu desejo de alcançarem a vitória em sua vida.
Passos Para Bem Sucedido Chamado ao Altar
O chamado ao altar é o tipo mais comum de apelo usado por pastores de igreja, e, contudo, aquele no qual maior número tem falhado e se atrapalhado. Freqüentemente surge a pergunta: Como podemos ter certeza de que esse tipo de apelo é eficaz? Desejo partilhar minha experiência pessoal em usar este método, tanto na América do Norte como em outros campos.
1. No começo de minha mensagem, determino, pelo levantar da mão, o número de pessoas no auditório que ainda não tomaram a decisão de aceitar a Cristo ou de ser batizadas.
2. Suplico que o Senhor me conceda Seu Santo Espírito para comover os corações e produzir convicção nos que ouvem a mensagem.
3. Primeiro peço que levantem a mão aqueles que desejam abandonar o pecado ou unir-se à igreja pelo batismo numa ocasião futura, ou aqueles que querem voltar para o Senhor depois de haverem andado longe dEle.
4. Peço que essas pessoas se levantem enquanto estão com a mão erguida. Entrementes, a congregação deve estar com a cabeça inclinada. Enquanto eles estão em pé, peço rapidamente que venham para a frente, até o altar. É quase impossível que alguém recuse vir à frente depois de erguer a mão e levantar-se. Isto se torna fácil dando um passo de cada vez. Infelizmente, alguns pregadores zelosos convidam imediatamente as pessoas para virem à frente. Este é o passo mais difícil, e deve ser o último. Pode ser que alguns digam que este é o método usado pelos evangelistas populares em suas grandes cruzadas. Cumpre lembrar, porém, que nesses grupos evangélicos nominais há bem poucas coisas a serem renunciadas, ao passo que aqueles que decidem seguir ao Senhor e unir-se à Igreja Adventista reconhecem que esse passo é muito mais difícil, porque há tantas coisas a serem denunciadas e abandonadas. “Mantende perante o povo a Palavra da Vida, apresentando Jesus como a esperança do arrependido e a fortaleza de todo crente. Revelai o caminho da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência do Salvador.” — Obreiros Evangélicos, pág. 160. — Melvin Nembhard