O primeiro concilio em que todos os pastores adventistas da América do Sul participaram juntos (Foz do Iguaçu, 24-28/05/11) é história. Pastores aspirantes e experientes, líderes e liderados, palestrantes locais e visitantes, seminaristas, todos reiteram expressões de gratidão a Deus e à igreja por nos terem possibilitado nossa melhor experiência ministerial. Gratidão pelo alto nível espiritual do evento, conteúdo das palestras e dos seminários, informações, materiais, confraternização, ordem, logística e pelo tratamento dispensado. Sim, gratidão pela inspiração e motivação; pelo desafio a termos mais comunhão, com o objetivo de cumprir a missão.
“Meu ministério mudou; não é mais o mesmo. Sou um novo pastor; nunca havia imaginado que sou parte de um ministério tão grande e tão sagrado!” Várias semanas já se passaram depois de ouvirmos muitas declarações emocionadas semelhantes a essa. Agora, o que fazer? Há quem se anime a perguntar quando será o próximo encontro? Deseja você, realmente, um novo encontro como aquele? Podemos sonhar com um encontro no Reino do Céu? Acaso acha que isso é utopia? Apenas a expressão de um desejo? Pura dialética? Frase promocional?
Neemias garantiu que, apesar das dificuldades e adversidades, construiría o muro em 52 dias (Ne 6:15). Segundo o historiador Josefo, isso não poderia ocorrer; talvez, fossem necessários dois anos e quatro meses. Porém, no livro de Neemias 6:16, está a explicação para a previsão do profeta. Até os povos vizinhos entenderam que se tratava de um milagre de Deus. Mas, qual foi o papel de Neemias como líder?
“Com incansável vigilância ele superintendeu a reconstrução, dirigindo os obreiros, anotando os obstáculos e tomando providências para cada emergência. Ao longo de toda a extensão dos cinco quilômetros de muro, sua influência era constantemente sentida. Com palavras oportunas encorajava os tímidos, ativava os lentos, e aprovava os diligentes…
“Caso houvesse sido executado o propósito divino, Cristo já teria vindo à Terra”
“Em suas inúmeras atividades, Neemias não esquecia a Fonte de sua força. Seu coração estava constantemente erguido para Deus, o grande Supervisor de tudo. ‘O Deus dos Céus’, ele exclamava, e quem nos dará bom êxito’ (Ne 2:20); e as palavras ecoavam e tornavam a ecoar, comovendo o coração de todos os reconstrutores do muro” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 639, 640).
“Já desde começos do século 20, recebemos por inspiração esta mensagem: ‘Sei que, se o povo de Deus houvesse mantido viva ligação com Ele, se Lhe houvesse obedecido a Palavra, estaria hoje na Canaã celestial’” (Boletim da Associação Geral, 30/03/1903). “Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos , v. 3, p. 72).
Com a ajuda de Deus, vamos manter, aprofundar e expandir a experiência espiritual, vocacional e motivacional obtida no concilio de Foz do Iguaçu. Lembremo-nos de que os dias que os discípulos passaram no cenáculo foram singulares, mas não representaram o clímax da missão. Os grandes feitos aconteceram depois daqueles dias.
Que tal se, em vez de pensarmos em outro concilio perto das cataratas do Iguaçu, pensarmos em um encontro junto ao Rio da Vida? Que tal se, além de ficarmos pensando, também aprofundarmos de maneira fiel e perseverante nossa comunhão com Deus, buscando permanentemente o reavivamento e a reforma, influenciando e contagiando a igreja com nossa experiência espiritual, multiplicando recursos e sendo testemunhas de muitos milagres? Precisamos de mais perseverança na comunhão e mais compromisso com a missão.
Sim, vamos alimentar outros sonhos: o de um concilio ministerial, pela eternidade, junto à Árvore da Vida e ao Rio da Vida, diante do trono de Deus.