Através do Espírito, aqueles que estão em Cristo participam do relacionamento que o Filho desfruta com o Pai

Uma compreensão trinitária de Deus tem grandes implicações para todo o conjunto de doutrinas bíblicas, mas sua ligação com a doutrina da igreja é muito significativa. Na verdade, a Trindade e a igreja estão intimamente ligadas. Foi a experiência de Deus na comunidade de fé que deu realce à compreensão trinitária de Deus. E uma compreensão trinitária de Deus ilumina a origem e natureza da igreja bem como influencia sua vida prática.

Conforme uma fórmula antiga, tudo de Deus está envolvido na ação de cada membro da Trindade. Deus trabalhou através do Filho e do Espírito para trazer a igreja à existência. Como disse Martinho Lutero, “é trabalho do Espírito Santo fazer a igreja”.1 Essa atividade comum algumas vezes é descrita como “duas missões divinas” – o envio do Filho e o envio do Espírito – e essas duas missões estão intimamente relacionadas.

O papel do Espírito nos eventos da igreja primitiva é bem conhecido. O livro de Atos começa com a promessa da vinda do Espírito (At 1:5, 8). Em seguida, o Pentecostes capacitou os primeiros cristãos, habilitando-os a falar em outras línguas e “com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4:31). Nesse livro, os cristãos foram descritos como “cheios do Espírito” (At 2:4; 4:31; 7:55). O Espírito os levou a viajar e pregar, alcançando gentios e convencendo os líderes quanto às obrigações deles na igreja (At 15:28, 29). As muitas referências sugerem que a figura central no livro é o Espírito Santo, não os apóstolos e outros seguidores de Cristo.

Embora pensemos no Espírito Santo descendo sobre os discípulos depois do ministério terrestre de Jesus, Suas ações na igreja primitiva foram continuação do que Ele realizou na vida de Cristo.

O propósito de Lucas, no livro de Atos, foi mostrar essa realidade. A atividade do Espírito envolveu o nascimento de Cristo. Nos primeiros capítulos de Lucas, lemos que João Batista, Isabel e Zacarias foram cheios do Espírito (Lc 1:15, 41, 67). O Espírito Santo deu a Simeão uma percepção especial e o impeliu a ir ao templo no momento certo (Lc 2:25, 26).2 E houve também a maior de todas as manifestações, o anúncio do nascimento de Jesus (Lc 1:35). Jesus seria cheio do Espírito Santo, desde o nascimento, assim como João Batista também o foi desde o ventre materno (Lc 1:15).

De acordo com Atos 10:38, Deus ungiu Jesus de Nazaré com Espírito Santo e com poder. O Espírito desceu sobre Ele por ocasião do batismo e permaneceu durante toda Sua vida. Cheio do Espírito, foi levado ao deserto para ser tentado (Mt 4:1). Na sinagoga, anunciou: “O Espírito do Senhor está sobre Mim” (Lc 4:18). Após a missão dos setenta, “exultou Jesus no Espírito Santo” (Lc 10:21). O Espírito Santo também esteve ativo na morte e ressurreição de Jesus. De acordo com Hebreus 9:14, Cristo Se ofereceu a Deus “pelo Espírito eterno”. E, em Romanos 1:4, nos é dito que Jesus “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos”.

“Ao enviar o Filho e o Espírito, Deus cria uma comunidade que reflete e amplia Seu amor”

Após a ressurreição, Jesus “soprou” sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22). O mesmo poder que agiu durante Sua vida terrestre continua na vida da igreja por Ele fundada e, através do Espírito, Ele mantém Sua presença no mundo. Os seguidores de Cristo vivem pelo poder do Espírito Santo. Paulo afirma: “Se habita em vós o Espírito dAquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do Seu Espírito que em vós habita” (Rm 8:11). O Espírito Santo dá aos cristãos uma nova dinâmica de vida, novo poder interior, nova vida, a vida da ressurreição (2 Co 5:17).

Além disso, o Espírito Santo une Cristo e Seus seguidores com laços inquebrantáveis. Cristo vive neles; e eles, em Cristo e, por causa de Sua ligação com o ministério de Cristo no mundo, o Espírito Santo recebe uma nova identidade: “o Espírito de Cristo” (Rm 8:9, 10). Segundo um erudito, “habitar em Cristo… é também habitar no Espírito. Habitando Cristo em nós, também habita o Espírito”.3

Há outras passagens que evidenciam a íntima ligação entre Deus o Pai, o Filho e o Espírito. De acordo com João e Paulo (Jo 14:26; 15:26; Gl 4:4-7), o envio do Espírito é paralelo ao do Filho. E João atribui o envio do Espírito ao Pai e ao Filho. A designação dAqueles que enviam (“Deus o Pai” e “Cristo”), e dAqueles que são enviados (o “Filho” e o “Espírito”) indica que a totalidade divina está envolvida na história da salvação. Assim, a comunidade criada pelo Espírito Santo como continuação da missão de Cristo no mundo deve sua existência às ações salvíficas do Deus triúno.

Salvação e vida divina

A associação entre Pai, Filho e Espírito no plano da salvação nos diz algo importante sobre a vida de Deus. Os primeiros cristãos chegaram a essa conclusão enquanto buscavam compreender a divindade de Cristo. Atrás da questão: “Jesus Cristo é divino?”, reside outra mais básica, ou seja, “é a salvação obra de Deus, ou Ele enviou um subordinado para operá-la?” Ao defender a divindade de Cristo, a igreja primitiva afirmou que a salvação é obra de Deus, não de um Ser subordinado.4 Em outras palavras, Deus tanto nos amou que entrou na história humana na pessoa do Filho para nos reconciliar com Ele.

Então, deve haver uma ligação íntima entre a atividade salvífica de Deus e Sua vida interior. Conforme Jesus disse aos discípulos: “Quem Me vê a Mim vê o Pai” (Jo 14:9). Ou seja, em Jesus, Deus Se revelou como realmente é. O plano da salvação manifesta que o amor é a característica central de Seu próprio Ser.

A convicção de que a revelação de Deus em Jesus Cristo foi uma genuína autorrevelação impregna o recente debate sobre a Trindade. Karl Barth afirmou: “Deus está entre nós em humildade, nosso Deus, Deus para nós, como Aquele que é nEle mesmo, no mais profundo íntimo de Sua divindade… Condescendendo em Se dar a nós mesmos em Jesus Cristo, Ele existe, fala e age como Aquele que é desde a eternidade e assim o será.”De acordo com Eberhardt Jüngel, a encarnação “não é um segundo acontecimento próximo ao Deus eterno, mas é o evento da própria deidade”.6 Para Wolfhart Pannemberg, os atos de Deus na história da salvação revelam que Sua realidade interior consiste de “relações concretas de vida”.7 E Jürgen Moltmann disse: “Deus aparece na história tanto como o Pai que envia como o Filho enviado… As relações entre a história discernível e visível de Jesus e o Deus a quem Ele chamou de ‘Meu Pai’ correspondem à relação do Filho com o Pai na eternidade”.8

Se os eventos da história da salvação têm sua contrapartida na vida do próprio Deus, então a comunidade cristã deve sua identidade e origem ao relacionamento com o Deus triúno. A atividade de Deus Pai, Filho e Espírito não apenas originou a igreja; repartiu com ela a característica essencial do caráter divino – Seu amor.

Natureza da igreja

A convicção de que os eventos originadores da igreja, a missão do Filho e do Espírito são manifestações da vida de Deus nos leva a refletir sobre a natureza da igreja. A ligação entre a comunidade cristã e a vida de Deus se torna aparente nos discursos de despedidas do quarto evangelho e na primeira epístola de João.

As várias afirmações sobre amor nesses documentos parecem seguir um modelo dinâmico. Elas se movem entre os temas, ligando-os cada vez mais em complexas relações: amor mútuo entre os irmãos da igreja; o amor deles por Deus e de Deus por eles; amor que une a divindade, ou seja, entre o Pai e o Filho.

A qualidade distintiva da vida na comunidade cristã é o amor. “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). O amor se torna o aspecto essencial que põe os seguidores de Cristo à parte de outros grupos. Aqueles que se imaginam parte da comunidade, mas, não se amam, estão se enganando. “Todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1Jo 3:10). Por outro lado, “nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos” (v 14).

Não é o amor em si mesmo, nem qualquer tipo de afeição que identifica os seguidores de Jesus, mas o amor com que Ele os ama estabelece o modelo para seu amor uns para com os outros. “Assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13:34). “O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15:12, 13). Os seguidores de Cristo devem estar preparados para se amar até o fim, assim como Ele “amou-os até o fim” (Jo 13:1).

O amor de Jesus pelos discípulos expressa o amor do Pai por eles. “Porque o próprio Pai vos ama, visto que Me tendes amado e tendes crido que Eu vim da parte de Deus” (Jo 16:27). Esse amor flui através do Filho para a comunidade cristã.

As afirmações de Jesus a respeito de Sua relação com o Pai e com Seus seguidores indicam que Ele deseja que esses seguidores desfrutem com Deus a mesma relação que Ele desfruta. Assim como o Pai vem aos discípulos na pessoa de Jesus, Jesus os leva ao Pai. “Aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a Ele. … Se alguém me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14:21, 23).

O amor que Jesus tem por Seus seguidores reflete o amor que Ele e o Pai têm entre Si. “E como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós… Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como Nós o somos; Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim” (Jo 17:21-23). João também fala do amor mútuo entre os cristãos e deles para com Deus: “Para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (lJo 1:3). Assim o amor que cria a comunidade cristã manifesta e estende o amor que é a própria vida de Deus.

Essa linha de pensamento nos leva a concluir que a dinâmica central da comunidade cristã não apenas é semelhante à dinâmica essencial da vida de Deus, mas seus membros realmente partilham desta vida. O amor que flui entre o Pai e o Filho também flui através da igreja. A ideia de que a igreja participa na vida de Deus flui naturalmente a partir das palavras de Cristo aos discípulos. Na vida e no ministério de Jesus, e sua continuidade na igreja, verdadeiramente encontramos “Deus conosco”.

Para muitos que partilham dessa convicção, o elo fundamental entre a igreja e a vida de Deus reside na obra do Espírito Santo. Com disse Robert Jenson, “a igreja existe como comunidade e não como simples grupo de indivíduos piedosos, porque o Espírito une a Cabeça com o corpo de Cristo”.9 O Espírito também dá à igreja sua identidade distintiva. Ela não é uma aglomeração que tem qualquer tipo de “espírito” como “espírito de equipe”, por exemplo. Em se tratando de igreja, o espírito corporativo não surge das pessoas que pertencem a ela, mas do Espírito que a criou. Novamente citando Jenson,

“A igreja é a comunhão criada pelo Espírito, que cumpre a missão de Cristo, atraindo pessoas ao amor de Deus”

“o milagre da igreja é que seu espírito comunitário é identicamente o Espírito que o Deus pessoal tem e é”.10

De acordo com alguns intérpretes, o papel do Espírito na igreja tem íntima semelhança com Seu papel na Trindade. O Espírito produz comunhão dentro da própria vida de Deus. Como descreve Jüngel, “o Pai ama o Filho que ama o Pai, e o Espírito Santo é o próprio amor entre eles. O Espírito que procede do Pai e do Filho constitui a unidade do divino, sendo assim o próprio evento do amor”.11

Tais descrições nos ajudam a ter uma visão do papel da igreja na vida divina. Através do Espírito, aqueles que estão “em Cristo” chegam a partilhar o eterno relacionamento que o Filho desfruta com o Pai. Devido a que os participantes desta nova comunidade são co-herdeiros com Cristo, o Pai lhes confere o que eternamente prodigaliza ao Filho. Pelo fato de estarem em Cristo, pelo Espírito, eles participam no ato da eterna resposta do Filho ao Pai.

Resumindo, a igreja deve sua existência à atividade salvífica de Deus e deriva seu caráter da própria identidade divina. Enviando o Filho e o Espírito, Deus entra no mundo para criar uma comunidade que reflete e amplia o amor que é a própria realidade dEle. Assim, a dinâmica central da comunidade cristã corresponde à dinâmica essencial da própria vida de Deus, e participar da comunidade cristã resulta em nada menos que participar na própria vida de Deus.

Implicações práticas

Perguntas sempre são importantes para a teologia, e no caso da Trindade, são ainda mais importantes. Recusar as reflexões sobre a Trindade como intromissões especulativas na natureza de Deus é muito tentador, embora os pensadores trinitarianos da igreja primitiva tenham firmado sua compreensão de Deus na história da salvação. Quais são as implicações práticas de uma eclesiologia trinitariana? Por que é tão importante fundamentar a igreja na própria vida de Deus?

Em primeiro lugar, uma eclesiologia trinitariana enfatiza a importância da igreja de Deus. Se os atos de Deus na história da salvação expressam Sua verdadeira natureza, então Ele sempre tem sido relacionai, uma comunidade de amor desde a eternidade. Isso significa que Ele cria a partir do amor. Ele abraça o mundo criado dentro da vida divina e, desde o início, torna Sua relação com o mundo o centro de Sua preocupação, como um pai que coloca o bem amado filho no centro de suas atenções. De tal modo Deus valoriza o mundo que ama que até mesmo Se identifica relacionalmente com ele, sendo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Além disso, Seu compromisso com a criação é permanente. Tudo Ele faz pelo bem-estar da criação. Isso significa que Deus valoriza imensamente a igreja que, como particular aspecto de Sua criação é objeto de especial atenção. Como afirmou Ellen G. White, a igreja é objeto da “suprema consideração” de Deus.12

Nesse caso, a salvação envolve participação na comunhão que define a própria vida de Deus, e por essa experiência o amor de Deus é estabelecido. Portanto, a experiência da salvação é tanto social como individual, com dimensões pública e privada. Ela muda nosso relacionamento com outros e com Deus. Isso expõe a impropriedade de qualquer interpretação individualista da fé cristã. Salvação não é simplesmente, nem primariamente, uma questão entre o indivíduo e Deus. Ela envolve relacionamento com outras pessoas e busca a transformação social, não apenas pessoal.

Também significa que o propósito da igreja devia refletir e projetar o cuidado e a preocupação com outros, assim como Deus faz. A medida que a igreja, a comunidade cristã, incorpora o amor irradiado da vida de Deus, ela provê ao mundo a mais clara manifestação de Seu caráter e natureza, e a mais clara evidência de Sua realidade, evidência mais forte que qualquer argumento filosófico.

Se isso é verdade, o cultivo da verdadeira comunhão, o desenvolvimento de relacionamentos afetivos entre os membros da igreja, é o trabalho mais importante do ministério. O crescimento da igreja não é simplesmente nem primariamente questão de números, mas um assunto de desenvolvimento de relacionamento afetivo e cuidado mútuo entre seus membros, encorajando assim a manifestação das qualidades personificadas na vida de Jesus. Quando os crentes exibem tais qualidades, sua revelação do caráter de Cristo naturalmente atrairá novos conversos.

Essas reflexões também sugerem que o louvor corporativo é o ato central na vida da igreja. A reunião da comunidade dos crentes para celebrar os feitos amorosos de Deus, para incentivar os crentes a incorporar esse amor em seus relacionamentos, continua emblemática da existência da igreja. Isso celebra, cristaliza, compreende tudo o que a envolve.

Assim, uma apreciação da base trinitariana da igreja nos ajuda a evitar conceitos inadequados e distorcidos sobre ela. A igreja não é uma empresa preocupada com a expansão dos seus membros e recursos. Não é um grupo de indivíduos que aceitam as mesmas crenças. Não é um grupo de pessoas que se reúnem para satisfazer necessidades emocionais. Não é uma reunião de intelectuais que gostam de trocar ideias. Não é uma empresa de marketing de alto nível, um clube social, grupo de recuperação ou seminário acadêmico. A igreja é a comunhão criada pelo Espírito Santo, que estende a missão de Cristo ao mundo, atraindo seus membros a um círculo de amor, característico e componente da própria vida de Deus.

Referências:

  • 1 Robert W. Jenson, Systematic Theology (New York: Oxford University Press, 1997-1999), v. 2, p. 197.
  • 2 Gerald F. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus (Dallas, TX: Thomas Nelson, 1991), p. 54.
  • 3 Eduard Schweizer, em Theological Dictionary of the New Testament (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1964-1976), v. 6, p. 433.
  • 4 Richard Rice, Philosophia: Philosophical Quartely of Israel, v. 35, p. 3, 4.
  • 5 Karl Barth, Church Dogmatics, (T&T Clark, 1956), IV/1, p. 193.
  • 6 Eberhard Jüngel, God as the Mystery of the World: On the Foundation of the Theology of the Crucified One in the Dispute Between Theism and Atheism (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1983), p. 372.
  • 7 Wolfhart Pannenberg, Sistematic Theology (Grand Rapids, MI: 1991-1998), v. 1, p. 335, 323.
  • 8 Jürgen Moltmann, The Church in the Power ofthe Spirit (San Frandsco: HaperCollins, 1977), p. 54.
  • 9 Robert W. Jenson, Op. Cit., v. 2, p. 182.
  • 10 Ibid., p. 181.
  • 11 Eberhard Jüngel, Op. Cit., p. 374.
  • 12 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 12.