A visita pastoral não caducou. Realizada corretamente, rende dividendos eternos
Alguns crêem que a visita pastoral está morta. Mas quando os membros falam das qualidades do pastor, apontam a visitação como prioridade. Embora as tendências sociais possam mudar as expectativas, a maioria dos membros dá boas-vindas à visita pastoral. Quando certa vez pesquisei os membros de minha igreja quanto a seu desejo de serem visitados, a maioria se pronunciou positivamente, mas desde que a visita fosse marcada com antecedência. Outros pastores dizem que os membros têm diferentes expectativas e desejam que a visita ocorra sem acertos prévios.
O certo é que a visitação pastoral não caducou. Ela pode não ser bem feita, ou ignorada; mas permanece como excelente arte que suscita tremendos benefícios quando praticada corretamente. Considere as seguintes sugestões:
Visitação é trabalho pastoral – “Famílias há que não se poderão alcançar com a verdade da Palavra de Deus, a menos que Seus servos entrem nos respectivos lares e, por zeloso ministério, santificados pelo endosso do Espírito Santo, derribem as barreiras. Ao ver o povo que esses obreiros são mensageiros de misericórdia, os ministros da graça, dispõem-se a ouvir as palavras que proferem.” – Evangelismo, págs. 435 e 436.
Anuncie a visita – Deixe os membros saberem as condições sob as quais você fará a visita. Por exemplo, informei os membros que faria a visita a convite deles ou por iniciativa própria, mas não a faria sem marcá-la com antecipação. Disse-lhes também que seriam visitados quando estivessem hospitalizados, mas que essa visita poderia ser feita por um dos anciãos.
Priorize a visitação – Estabeleça tempo específico, a cada semana, para a visitação. Se você não der prioridade a esse item, outras demandas irão impedi-lo de praticar suas boas intenções. Contate imediatamente as pessoas que visitam a igreja. Você também deve visitar os membros que estão passando por desafios ou situações de crise; aqueles que fizeram o primeiro contato por meio dos programas radiofônicos ou televisivos; outras pessoas que são membros potenciais e os membros ausentes.
Visite acompanhado – Sempre que possível, levar alguém junto é vantajoso e está em harmonia com o exemplo de Cristo, ao enviar os discípulos de dois em dois. É uma ótima técnica de autopreservação. Por que arriscar sua reputação, diante do que outros podem informar que você disse ou fez, durante a visita em determinado lar? Isso tam-bém ajuda a treinar os leigos. Se a pes-soa visitada necessita iniciar estudos bíblicos, você pode colocá-la aos cuidados da pessoa que o acompanha.
Treinamento por associação – Você irá ampliar a visão dos líderes leigos, ao levá-los consigo nas visitas. Eles verão que você dá importância a essa obra e passarão a crer que podem reproduzir suas habilidades, porque o observam na prática, em vez de apenas na teoria.
Ganhe tempo – Marque encontros na igreja com aqueles que têm facilidade de locomoção e transporte, a fim de realizar estudos bíblicos ou aconselhamento. Agrupar suas visitas por região, em seu distrito, sempre ajuda.
Faça visitas breves – A visita não necessita ser longa para resultar em benefícios eternos. No hospital, diga ao enfermo que você veio para orar por ele. Encoraje-o a confiar nos cuidados de Deus. Pergunte-lhe se há outro motivo especial de oração, leia um trecho das Escrituras e ore pelas necessidades dele. Busque incluir na oração outros pacientes que estejam no mesmo recinto.
Nas visitas evangelísticas, às vezes você fará muito mais em cinco ou dez minutos do que se permanecer por uma hora. Afirme claramente o objetivo de sua visita ao entregar à pessoa um folheto ou livro e agradeça-lhe por estar freqüentando a igreja. Faça uma pergunta que implique uma resposta explicativa quanto à aceitação do que está ouvindo e, antes de sair, peça permissão para fazer uma oração em favor desse lar.